De um jeito ou de outro, um dia
todos usaremos máscaras. É como se o nosso papel no mundo pudesse ser
sintetizado em uma única questão: qual delas estaremos usando dentro de alguns
anos?
Se escolhermos nos resignar aos
rumos apontados pelo desenvolvimento e progresso de nossa sociedade industrial, que se
projeta sobre a natureza e sobre toda vida como se o planeta fosse
nosso para o usarmos como
bem entendermos, talvez no futuro precisemos usar máscaras para sair de casa e não sermos infectados
por alguma nova pandemia ou por outros riscos que corremos ao viver em um
ambiente artificial, infeccioso e controlador (lembra-se de como foi fácil de abrir mão
da nossa privacidade quando surgiram as
câmeras que registram cada momento de nossas vidas com o pretexto
de nos manter seguros?)
No entanto, podemos escolher
não aceitar que subjuguem
nossas vidas, nossa terra, nossa comida e tudo que nos integra com o planeta. Podemos cogitar lutar para
conquistar nossa liberdade
e roubar de volta a capacidade de tomar as decisões importantes para nossa
sobrevivência e necessárias para a satisfação de nossos desejos. E assim, talvez seja preciso usar máscaras que cubram
nossos rostos para esconder quem realmente somos, enquanto lutamos pelo que
realmente queremos.
Catharina Disangelista
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